“A Polícia Federal prendeu ontem o prefeito, o vice-prefeito, a primeira-dama e toda a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Dourados (220 km de Campo Grande) por suspeita de corrupção.
Com as prisões, a cidade ficou sem comando. O Tribunal de Justiça analisava ontem à noite se o titular da comarca de Dourados, Eduardo Rocha, assumiria a prefeitura.
Foram cumpridos 28 mandados de prisão temporária contra suspeitos de corromper servidores e fraudar licitações.As investigações apontam o prefeito Ari Artuzi (PDT) como chefe do esquema que, segundo a PF, desviava 10% de todos os contratos firmados pela prefeitura em áreas como saúde e transporte.
Conforme a PF, os valores eram direcionados a vereadores de Dourados, para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito.Nove dos 12 vereadores da cidade foram presos.
O advogado do prefeito, Carlos Marques, não retornou os recados da reportagem até o encerramento desta edição. A Folha não conseguiu contatar a defesa dos demais presos.”
No segundo parágrafo, o texto se refere ao ‘titular da comarca’. Titular de que? Da comarca. Mas comarca não é uma instituição como o judiciário, a policia, a prefeitura ou o cemitério municipal. Em outras palavras, “titular da comarca” não significa nada. Não dá pra entender o que faz a pessoa citada logo adiante pela matéria.
Titular não é um cargo, é um grau de responsabilidade. Significa apenas que a pessoa é a responsável por algo. No caso da matéria acima, pela comarca. Mas aí aparece um segundo problema: comarca é um tipo de divisão geográfica usado em mais de uma instituição. Por exemplo, a polícia civil é dividida em comarcas. A justiça estadual também. Assim como o ministério público estadual. E todos eles têm pessoas (delegados, juízes, promotores) responsáveis pelo funcionamento (titulares) daquela instituição naquela cidade ou grupo de cidades (comarca). Sem dizer o nome do cargo ou o nome da instituição, não dá pra saber a qual instituição pertence a pessoa referida logo em seguida na matéria.