“Cinco telas de pintores renomados do século 20 foram furtadas do Museu de Arte Moderna de Paris na madrugada de quarta para quinta.
Os quadros desaparecidos são de Pablo Picasso, Fernand Léger, Henri Matisse, Georges Braque e Amedeo Modigliani.
O valor das obras vai de 100 milhões (R$ 243 milhões), segundo o museu, a 500 milhões (R$ 1,113 bilhão), para o Ministério Público francês.
O roubo foi praticado por uma só pessoa, mascarada, que quebrou uma janela do museu, se esgueirou por uma treliça de metal sem disparar o alarme nem ser percebida pelos três seguranças da instituição, e fugiu por uma das avenidas mais movimentadas da cidade, diz a polícia, a partir de imagens do sistema interno de vídeo.”
Reparem que na matéria acima, em nenhum momento houve violência ou grave ameaça contra ninguém. A bem da verdade, o criminoso sequer teve contato com qualquer pessoa: entrou silenciosamente, retirou os quadros e saiu sem ser percebido.
A diferença entre roubo e furto não é o valor do objeto levado, mas se houve violência/grave ameaça contra uma outra pessoa. Se houver violência ou grave ameaça contra um outro ser humano, trata-se de um roubo. Se não houver, trata-se de um furto. Não importa se foram levados uma carteira com vinte reais ou uma coleção de arte moderna valendo meio bilhão de euros. No caso acima, não houve roubo: houve furto.