Nos 855 casos investigados pelas cinco polícias envolvidas (Polícia Federal Australiana, Unidade de Crimes High Techs da Polícia Holandesa, Serviço de Segurança Irlandês de Pesquisa e Informação, Unidade de Crimes Cibernéticos Britânica e Serviço Secreto dos EUA), nada menos do que 174 milhões de arquivos foram violados. Uma média de 204 mil violações por crime.
É óbvio que nem toda violação é sobre O que assusta nesses números é que esses dados são apenas de 5 países. Se extrapolarmos para os 193 países do mundo, e o fato de que somos 6 bilhões de pessoas no planeta, isso significa que seus dados pessoais, muito provavelmente, já estão nas mãos de algum criminoso ou ativista.
Outro dado muito importante nesse estudo: quatro em cada cinco vítimas foram vítimas não porque era alvos premeditados, mas porque calharam de ‘estar no lugar errado na hora errada’. No mundo da internet, isso significa que os bancos de dados, programas e sistemas não ofereciam a proteção necessária contra ataques.
No Brasil, estamos especialmente vulneráveis porque praticamente não há lei (a) estabelecendo as regras sobre coleta, manutenção e disposição de informações pessoais por empresas, organizações privadas e governo, (b) transferindo o custo de violação para essas pessoas jurídicas, e (c) restringindo o tipo e a quantidade de informação pessoal que pode ser coletada por essas pessoas jurídicas.