“Kate Middleton, mulher do príncipe William, está grávida
Kate Middleton, a mulher do príncipe William, está grávida do primeiro filho, informou o escritório da Família Real Britânica, nesta segunda-feira.
Em comunicado, o órgão informou que Kate descobriu a gravidez ao ser admitida no Hospital Rei Eduardo 7º, no centro de Londres, com enjoo matinal agudo. Kate, afirma o comunicado, deverá permanecer no hospital por alguns dias e precisa de hidratação e nutrientes extras.”
A sucessão em qualquer monarquia é sempre complicada. No caso do rei inglês, é ainda mais complicado porque o rei (ou rainha) da Inglaterra é o soberano (chefe de Estado) além do Reino Unido, de outros 15 países, como Canadá, Jamaica, Austrália e Nova Zelândia.
Logo, quando se faz uma lei regulando como acontece o processo sucessório em um desses países, essa mesma lei afeta todos os demais países. É justamente por isso que os parlamentos de todos esses países precisam aprovar uma lei única. A outra alternativa é um parlamento aprovar uma lei declarando que aquele país não está mais submetido ao monarca inglês, como o primeiro ministro da Jamaica disse que pretende propor.
E é justamente essa mudança conjunta que está acontecendo esse ano. Os chefes de governo de todos os países dos quais a rainha Elizabeth é chefe de Estado concordaram em outubro de 2011 em algumas mudanças significativas que afetarão diretamente a vida do bebê acima. Nem todos os parlamentos de todos os países ainda aprovaram essa lei, mas como todos são regimes parlamentaristas semelhantes ao britânico, no qual os chefes de governo necessariamente controlam a maioria no parlamento, tais leis provavelmente serão aprovadas em breve.
Nos últimos trezentos anos, o rei inglês e dos outros 18 países só podia ser homem. O único caso em que uma mulher poderia assumir o trono é quando ela não tinha irmão (homens) vivos. No caso da atual rainha, ela tem uma irmã, mas não irmãos. Foi por isso que ela assumiu o trono. Se tivesse um irmão, mesmo que ele fosse muito mais novo ou até mesmo menor de idade, ela não teria assumido o trono.
Além disso, um monarca ou alguém na linha sucessória não poderia se casar com um católico.
Essas duas restrições estão entre as que os chefes de governo concordaram em abolir. Agora, não importará se o filho do rei ou rainha é menino ou menina: o primeiro a nascer será sempre o primeiro na linha sucessória, independente de seu sexo. E o rei ou rainha poderá casar-se com quem quiser, independente de sua religião. Mas, embora ele passará a poder casar-se com um(a) católico(a), como o monarca ainda é o chefe da igreja anglicana (o rei/rainha é o equivalente ao Papa da igreja anglicana), ele não pode converter-se ao catolicismo.
Essas restrições – que parecem tão estranhas - existiam porque quase todas as guerras civis na Inglaterra, Grã-Bretanha e Reino Unido ocorreram justamente quando se tinha dúvida sobre quem deveria ser o monarca. E essas dúvidas quase sempre eram geradas por causa de regras sucessórias pouco claras. No século 21, saber quem deve ser o soberano é muito mais simples e aquelas regras – um tanto preconceituosas – deixaram de ter importância.
Uma outra regra que existia até 2012 pelo mesmo motivo, e que também foi abolida, é que todos os descendentes do rei George II (1683-1760) tinham que pedir autorização do soberano para se casarem. Agora, apenas aqueles mais próximos da linha sucessória (aqueles que realmente podem vir a tornarem-se reis ou rainhas) é que precisarão pedir autorização do monarca.