Alguns dados interessantes do relatório anual da empresa de segurança Norton Symantec:
Embora tenha caído em um terço entre 2010 e 2011, estima-se que ainda 42 bilhões de spams sejam enviados diariamente no mundo. Isso dá mais de 15 trilhões por ano. Algo como 75% de todos os e-mails enviados durante o ano. Em 2010 o cenário era pior: 86% dos e-mails eram spams.
Boa parte desses e-mails são enviados por 3 milhões de máquinas infectadas (botnets) sem que seus donos saibam.
Quase 40% desses e-mails são sobre produtos farmacêuticos. Relógios 19%) e relacionamento ou sexo (15%) são outros conteúdos comuns.
Há mais de 403 milhões de variações de malware em circulação pelo mundo.
Pior: um em cada cerca de 250 emails está infectado com algum tipo de malware.
Em dezembro de 2011, a empresa identificou quase 10 mil sites infectados por dia.
Nada menos do que 5 mil vulnerabilidades foram descobertas durante 2011.
Os navegadores com maior número de vulnerabilidades (em ordem foram Safari, Firefox, Chrome, IE e Opera. Mas cuidado ao analisar esses dados: grande número de vulnerabilidades não corresponde a um grande número de ataques porque navegadores com mais usuários atraem mais ataques.
Um parágrafo interessante: “Sites religiosos e ideológicos apresentam três vezes mais códigos maliciosos por site infectado do que sites adultos e pornográficos. Nossa hipótese é que isso acontece porque proprietários de site pornográficos geram lucros através da internet e, como resultado, têm interesse em manter seus sites sem malware porque isso não seria bom para os negócios”.
Esse parágrafo resume bem a lógica da internet: protegemos aquilo que gera lucro de forma legítima (ainda que socialmente questionável). Se não há intenção de gerar lucro de forma legítima, não há incentivo para proteger. O fato de que blogs são os sites com maior número de códigos maliciosos não deveria ser surpresa: seus donos têm muito pouco a ganhar protegendo sites que não geram lucro. Pelo contrário: às vezes, o incentivo pode estar em expor os usuários a riscos sem que eles saibam. Especialmente porque blogs parecem tão inocentes.