Os resultados:
- Em 96% dos casos, quem achou, tentou acessar algum dado;
- 89% tentou acessar dados pessoais;
- 83% tentou acessar dados corporativos;
- 72% tentou acessar o arquivo ‘fotos privadas’;
- 70% tentou acessar dados corporativos e privados;
- 68% tentou acessar os dados mesmo antes de levar o telefone consigo;
- 66% tentou acessar aplicativos nas quais a senha havia sido salva pelo usuário;
- 60% tentou acessar e-mails pessoais;
- 57% tentou acessar senhas salvas;
- 53% tentou acessar um arquivo com nome ‘Salários RH’;
- 43% tentou acessar aplicativos bancários;
- 5% não mexeram no celular depois de uma semana.
Entre os telefones que tiveram dados acessados, o acesso acontecia, normalmente, em menos de uma hora a contar do momento em que o telefone foi abandonado pelos pesquisadores.
Para lembrar, um em cada cinco adolescentes já usou esses mesmos telefones (tão fáceis de perder e que atraem tantos curiosos) para enviar fotos comprometedoras suas.
Óbvio que 96% das pessoas não são criminosas (no fim, metade tentou devolver os aparelhos). Ao menos não no sentido de saírem de casa prontas para cometerem um crime. Mas 96% delas são curiosas e acabam cometendo o crime. E é aí que está um dos grandes problemas com nossa segurança eletrônica: como a vítima está do outro lado do teclado, é fácil desumaniza-la. Invadir a conta bancária de alguém parece menos violento do que abrir seu cofre, e atacar alguém online parece menos violento que pixar sua casa.
Boa parte dos ataques de hackers acontece não com intenção criminosa, mas por pura curiosidade: 'será se sou bom o suficiente para invadir esse sistema?' ou 'o que tem lá dentro?'. Mas as consequências são basicamente as mesmas: o crime é cometido e o dano causado. Às vezes danos piores do que aqueles da 'vida real'. Você provavelmente tem menos dinheiro no cofre do que em sua conta, e uma foto comprometedora divulgada na internet será vista por dezenas de milhões de pessoas e ficará para sempre.